quarta-feira, 18 de abril de 2012

POEMA DURO

Que faz esse poema comigo Que ao escrevê-lo Sopro vida em seus pulmões E a mim o ar falta? Que faz em mim esse poema Que me desarma Arranha-me a alma E me deixa marcas... Fátima Moraes

DIVINO QUADRO

Por que não vês, divino quadro Não sou a mulher desse retrato Não trago a face tão lisa agora Não tenho os lábios que espera o beijo Não tenho os olhos perdidos no tempo Não sou a mesma que me recordo! Fátima Moraes

NA SALA

Na sala o piano espera... Sua dona de cinco anos E suas confidências... De final de tarde! Fátima Moraes

segunda-feira, 16 de abril de 2012

SACRAMENTO

És o meu sol, sou tua sombra Sempre ausente a tua presença Mas preciso de tua existência Pra coabitar do teu espaço És branco e eu sou negra Envolvida pelos teus braços O silêncio aceso na madrugada Mais incendeia minha alma Mais desperta o meu desejo Mais compartilha tua falta Por que não calas esse anseio Já que o passado não enche um vaso E o futuro não se controla Mas o que importa é o presente Feito do fato de amar agora Quero meu corpo purificado Com o sêmen do mais sagrado Amor festivo e nomeado Abençoado pela glória! Fátima Moraes

domingo, 15 de abril de 2012

TEREZA

Cadê Tereza Teu colar? Que grandeza! Quebrou o fio Correram as contas Restou só uma E não te dou Guardo a lembrança Do que ficou! Fátima Moraes

A VISITA


Ainda me espera a casinha de barro
É visita que venho adiando...
Medo de gostar mais do que devo
Dessa simplicidade de vida
Fujo do galo que canta
Chamando tão cedo pro dia
Deixo adiada a visita
Desse encontro com minha infância!


Fátima Moraes